NIGHT OF ETERNAL DARKNESS

                                                      

NIGHT OF ETERNAL DARKNESS

By Mavylla Souza

Prólogo

NOVA YORK

25 DE DEZEMBRO DE 2010

        Era uma noite fria de inverno, finos flocos de neve caiam levemente sobre nós, deixando um rastro gelado em minha pele, mas eu não me importava, tudo havia simplesmente desaparecido, o beco escuro, os barulhos das buzinas dos carros, as conversas e os passos dos trausentes na calçada, nada mais existia, eu estava presa e sentia o doce beijo da morte enquanto estava em seus braços, jamais pensei que morreria assim mas em seus braços  esta era uma doce  forma de morrer,a dor não me incomodava mais, eu o amava e não me importava com que ele era eu só queria obter a liberdade em suas mãos.

                Suas presas estavam em meu pescoço, enquanto ele bebia o meu sangue, me sentia cada vez mais desfalecer, era reconfortante, eu não tinha medo e estava feliz, éramos como amantes, ele me “abraçava”, colocando força suficiente para me prender a parede, mesmo que eu tentasse não teria como escapar, enquanto eu timidamente e quase sem forças brincava com algumas mechas escuras e lisas do seu cabelo. Ele mesmo sendo assustador era simplesmente perfeito, alto, musculoso, com os olhos azuis esverdeados da cor do mar e sua pele tinha um tom dourado que mais parecia ter sido beijado pelo sol, era de tirar o fôlego,eu não conseguia tirar os meus olhos dele e o olharia pela eternidade. Seu encanto nunca funcionou comigo, ele não podia entrar em minha mente, eu podia ter fugido quando tive a chance, mas eu estava tão cansada de tudo, e quando ele apareceu na minha frente eu não tive como não me entregar e assim chegou a esse sublime momento em que eu em breve deixaria o mundo dos vivos.  

Eu sentia a morte chegar, a inconsciência era uma benção, mal conseguia manter meus olhos abertos, foi quando ele olhou pra mim com meu sangue manchando os seus lábios, e um olhar de escárnio naqueles olhos escuros e tempestuosos, ele passou a ponta da língua em seus lábios, saboreando o restante do meu sangue enquanto a escuridão me tomava em seus braços.